LOST
Eu lembro
quando eu era criança, eu tinha muita segurança sobre o meu futuro, eu ia ser
médico.
Minha
mãe queria que eu fosse médico. Ela nunca me obrigou nem nada. Acho que eu
queria medicina por osmose.
Eu dava
sinais de que nunca cursaria medicina, mas não os via. Quando a professora
pedia redação e estipulava um número de linhas, eu escrevia – com muito
esforço, letra garrafal e com um belo espaçamento entre as palavras – exatamente
o número de linhas exigidas.
Odiava
escrever...
Mas eu acho graça de que quando tinha 10 anos
e algum amigo dizia que não faria faculdade, instantaneamente inflamava-se uma
indignação mental, “COMO ASSIM? TEM que fazer!!” Isso aconteceu até meus 18
anos.
Eu era
um bom aluno enquanto primário. A partir da 5° serie, lá em 2003, isso mudou.
Eu entrei numa escola grande – terem ideia haviam 3 turmas de 5° serie – a 1501,1502
e 1503 – embora eu gostasse de um colégio assim, eu não me dei muito bem com os
outros seres humanos. Em resumo bullying e complexos pessoais, tudo isso refletia-se
no meu boletim em uma hemorragia de fazer inveja a qualquer banco de sangue.
As
coisas melhoraram em 2006, melhoraram para a minha vida social... comecei a ter
uma. Também desenvolvi uma característica que seria fundamental para muitos dos
meus problemas num futuro próximo; eu simplesmente não consigo estudar se não
tivesse interesse pelo objeto de estudo, meu cérebro se fecha. É algo bem
interessante, porque em contrapartida, quando me interesso, fico obcecado, viro
madrugadas, semanas, até satisfazer minha necessidade de informação.
Também
foi em 2007 - janeiro pra ser mais preciso – quando descobri algo essencial pra
minha vida:
Marijuana.