21 de novembro de 2014

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THE DEVIL DANCING



Olhe para cima do túmulo. 

O demônio dança, a sincronia 

perfeita da morte lenta, o vislumbre da vergonha.

Seu rosto, a pintura das trevas reflete  o medo  de quem 

olha tão deslumbrado pelo desejo. Imóvel , sente 

lentamente a perda da alma.

Ela é tão linda .

Não há mais como voltar. A porta foi fechada para nunca 

mais entrar.

Afinal isso é uma história de amor.

O retrato do pavor.




20 de novembro de 2014

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E NÃO SOBROU NENHUM







O almirante observava minha decadência com um sorriso profano.
No chão, o ódio que eu trancava no estômago, escorria dos meus olhos sem permissão.
O hipnotizador saia de cena sem utilidade.
O escritor, por falta de tinta, escreveu com sangue o próprio obituário.


A luz foi a única traidora. 
A luz foi a única traidora. 
A luz foi a única traidora. 
A luz foi a única traidora. 
A luz foi a única traidora. 
A luz foi a única traidora. 
A luz foi a única traidora. 
A luz foi a única traidora. 
A luz foi a única traidora. 


A LUZ FOI A ÚNICA TRAIDORA.
A LUZ FOI A ÚNICA TRAIDORA.
A LUZ FOI A ÚNICA TRAIDORA.
A LUZ FOI A ÚNICA TRAIDORA.
A LUZ FOI A ÚNICA TRAIDORA.
A LUZ FOI A ÚNICA TRAIDORA.
A LUZ FOI A ÚNICA TRAIDORA.
A LUZ FOI A ÚNICA TRAIDORA.
A LUZ FOI A ÚNICA TRAIDORA.
A LUZ FOI A ÚNICA TRAIDORA.


E estavam todos perdidos...



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O REVERSO DA LENDA.

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SABOTAGEM!






Play to ready: 





Eu sempre me sabotei.
Eu falo de relacionamentos.
Há várias teorias que construí com o tempo:


“Sou preguiçoso, bebo demais, escrevo de menos, e o único exercício que faço é na cama”.


“Eu me imponho objetivos que nunca conseguirei atingir, então me apaixono por garotas que me odeiam”.


“Eu me odeio, e qualquer mulher que se apaixone por mim e queira um relacionamento sério comigo é vista por mim como uma idiota, então ela perde a graça e eu enjoo”.


Todas essas teorias estão certas e tem fundamentos.
Eu tinha 6 anos (mano, minha vida amorosa com 6 anos era mais agitada do que a de muita gente(AKA Dayrel)). Era 1997, eu morava em uma vila que eu gostava bastante, e foi onde deu meu primeiro primeiro beijo (eu tive 2 “primeiro beijo”), não lembro seu nome, lembro que era fim de tarde, íamos para uma parte escondida na vila. Queríamos saber o que os adultos sentiam no beijo. Rolava língua e tudo (Será que ela conta essa história por aí?).



Ao mesmo tempo tinha uma garota na escola, Natália, ela gostava de mim de uma maneira... violenta... Todo dia ela me intimava a sentar perto dela, dizia que iriamos casar e me beijava. Eu tinha medo dela. O ponto é que

19 de novembro de 2014

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LOST

LOST

Eu lembro quando eu era criança, eu tinha muita segurança sobre o meu futuro, eu ia ser médico.

Minha mãe queria que eu fosse médico. Ela nunca me obrigou nem nada. Acho que eu queria medicina por osmose.

Eu dava sinais de que nunca cursaria medicina, mas não os via. Quando a professora pedia redação e estipulava um número de linhas, eu escrevia – com muito esforço, letra garrafal e com um belo espaçamento entre as palavras – exatamente o número de linhas exigidas.

Odiava escrever...

 Mas eu acho graça de que quando tinha 10 anos e algum amigo dizia que não faria faculdade, instantaneamente inflamava-se uma indignação mental, “COMO ASSIM? TEM que fazer!!” Isso aconteceu até meus 18 anos.

Eu era um bom aluno enquanto primário. A partir da 5° serie, lá em 2003, isso mudou. Eu entrei numa escola grande – terem ideia haviam 3 turmas de 5° serie – a 1501,1502 e 1503 – embora eu gostasse de um colégio assim, eu não me dei muito bem com os outros seres humanos. Em resumo bullying e complexos pessoais, tudo isso refletia-se no meu boletim em uma hemorragia de fazer inveja a qualquer banco de sangue.

As coisas melhoraram em 2006, melhoraram para a minha vida social... comecei a ter uma. Também desenvolvi uma característica que seria fundamental para muitos dos meus problemas num futuro próximo; eu simplesmente não consigo estudar se não tivesse interesse pelo objeto de estudo, meu cérebro se fecha. É algo bem interessante, porque em contrapartida, quando me interesso, fico obcecado, viro madrugadas, semanas, até satisfazer minha necessidade de informação.

Também foi em 2007 - janeiro pra ser mais preciso – quando descobri algo essencial pra minha vida: 

Marijuana.